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        A Mitologia é o estudo e interpretação do mito e do conjunto de mitos de uma determinada cultura. O mito é um fenômeno cultural complexo com inúmeros pontos-de-vista. Em geral, mito é uma narrativa que descreve e retrata, em linguagem simbólica, a origem dos elementos básicos e suposições de uma cultura. As narrativas míticas relatam, por exemplo, como o mundo começou, como os animais e o homem foram criados, e como certos costumes, atitudes ou formas de atividades humanas se originaram. Quase todas as culturas possuem ou em algum tempo possuíram e viveram sob a influência dos mitos. Os mitos diferem de contos de fada, os quais se referem a um tempo que é diferente do tempo comum. A sequência de tempo dos mitos é extraordinária - um "outro" tempo - o tempo antes do mundo vir a ser como o conhecemos. Pelo fato dos mitos se referirem a um tempo e lugar extraordinários, a deuses e outros seres sobrenaturais, eles foram vistos como aspectos de ordem religiosa.
        Os mitos são crenças e observações dos antigos rituais gregos, o primeiro povo ocidental, surgindo por volta de 2000 a.C.. Consiste principalmente de um grupo de relatos e lendas diversos sobre uma variedade de deuses. A Mitologia grega se desenvolveu plenamente por volta de 700 a.C.. Três coleções clássicas de mitos - a Teogonia, pelo poeta Hesíodo, e a Ilíada e Odisséia de Homero - apareceram nesta época. A Mitologia grega tem várias características particulares. Os deuses gregos eram retratados como semelhantes aos humanos em forma e sentimentos. Ao contrário de antigas religiões, como o Hinduísmo ou o Judaísmo, a mitologia grega não envolvia revelações especiais ou ensinamentos espirituais. Também variava largamente na sua prática e crença, com nenhuma estrutura formal, tal como um governo religioso, a exemplo da igreja de nossos dias, e nenhum código escrito, como um livro sagrado.

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        Os gregos acreditavam que os deuses haviam escolhido o Monte Olimpo, numa região conhecida por Tessália, como seu lar. No Olimpo, os deuses formavam uma sociedade que era classificada quanto à autoridade e poder. Entretanto, os deuses tinham liberdade para vagar livremente, e deuses individuais eram associados a três domínios principais - o céu ou paraíso, o mar e a terra. Os doze deuses chefes, usualmente chamados de olimpianos eram Zeus, Hera, Hefaístos, Atena, Apolo, Ártemis, Ares, Afrodite, Héstia, Hermes, Deméter e Posêidon. Zeus era o chefe dos deuses, e o pai espiritual dos deuses e das pessoas. Hera, sua esposa, era a rainha do paraíso e a guardiã do casamento. Outros deuses eram associados ao paraíso, como Hefaístos, deus do fogo e das artes manuais; Atena, deusa da sabedoria e da guerra; Apolo, deus da luz, da poesia e da música; Ártemis, deusa da caça; Ares, deus da guerra; Afrodite, deusa do amor; Héstia, deusa do coraç e da chama sagrada;ão; Hermes, mensageiro dos deuses e senhor das ciências e das invenções. Posêidon era o senhor do mar que, junto com sua esposa Anfitrite, originou um grupo de deuses do mar menos importantes, como as nereidas e Tritão. Deméter, a deusa da agricultura, era associada com a terra. Hades, um deus importante mas que geralmente não era considerado um olimpiano, governava o mundo subterrâneo, onde ele vivia com sua esposa Perséfone. O mundo subterrâneo era um lugar escuro e triste, localizado no centro da terra. Era povoado pelos espíritos das pessoas que morriam. Dionísio, deus do vinho e do prazer, estava entre os deuses mais populares. Os gregos devotavam muitos festivais para este deus , em algumas regiões ele se tornou tão importante quanto Zeus. Ele freqüentemente era acompanhado por um exército de deuses fantásticos, incluindo centauros e ninfas. Centauros tinham a cabeça e o torso humanos e o corpo de cavalo. As belas e charmosas ninfas assombravam os bosques e florestas.
 
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        A mitologia grega realçava a fraqueza humana em contraste ao grandes e terríveis poderes da natureza. Os Gregos acreditavam que seus deuses, que eram imortais, controlavam todos os aspectos da natureza. Assim os gregos reconheciam que suas vidas eram completamente dependentes da boa vontade dos deuses. Em geral, as relações entre as pessoas e deuses eram consideradas amigáveis. Mas os deuses empregavam castigos severos a mortais que mostravam comportamento inaceitável, tal como o orgulho indulgente, a ambição extrema, ou mesmo a prosperidade excessiva. A mitologia estava interligada a cada aspecto da vida grega. Cada cidade se devotou a um deus particular ou para um grupo de deuses, para quem os cidadãos freqüentemente construíam templos de adoração. Em festivais e outras reuniões oficiais, poetas recitavam ou cantavam grandes lendas e histórias. Muitos gregos aprenderam sobre os deuses através das palavras dos poetas. Os gregos também aprendiam sobre os deuses através de diálogos em família, onde a adoração era comum. Partes diferentes dos lares eram dedicadas a certos deuses, e as pessoas ofereciam orações a esses deuses regularmente. Um templo de Zeus, por exemplo, podia ser colocado no pátio da casa, enquanto Héstia era ritualmente honrada dentro do lar. Embora os gregos não tivessem nenhum organização religiosa oficial, eles universalmente honravam certos lugares sagrados. Delfos, por exemplo, era um local sagrado dedicado a Apolo. Um templo construído em Delfos continha um oráculo, de quem os viajantes corajosos interrogavam a cerca do futuro. Um grupo de sacerdotes representava cada um dos locais sagrados. Estes sacerdotes interpretavam as palavras do deus mas não possuíam qualquer conhecimento especial nem poder. Além de orações, os gregos freqüentemente ofereciam sacrifícios aos deuses, normalmente de um animal doméstico, como carneiros, por exemplo. 

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